Reinaldo

Polícia Federal pede ao STF para investigar o Ministro do Trabalho por empregar funcionários fantasmas

A Polícia Federal em Santa Catarina pediu a abertura de investigação no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o ministro do Trabalho, Manoel Dias (PDT). A solicitação foi feita depois que a PF encontrou indícios da participação do ministro em um suposto esquema para empregar militantes do PDT como funcionários fantasmas de uma entidade que firmou convênios com o ministério.

PF

Como o ministro tem foro privilegiado, só pode ser investigado por inquérito no STF, por isso a PF fez essa sugestão em relatório encaminhado à Justiça Federal de Santa Catarina.

Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", que divulgou a informação nesta segunda-feira (3), filiados do PDT constavam da folha de pagamento da ONG ADRVale (Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim) sem nunca terem trabalhado para a entidade, que teria recebido R$ 11 milhões de convênios com o ministério.

A Polícia Federal em Santa Catarina confirmou à Folha que encontrou indícios da participação de Manoel Dias.

O líder do PPS, deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), divulgou nota nesta segunda dizendo que vai ingressar com representação na Comissão de Ética da Presidência exigindo o imediato afastamento do ministro do Trabalho.

A Comissão de Ética já havia aberto um processo contra Manoel Dias na semana passada para apurar denúncia de que sindicatos pagariam propina para acelerar a concessão de registros. A empresária Ana Cristina Aquino afirmou à revista "Isto É" que entregou R$ 200 mil ao ex-ministro Carlos Lupi para acelerar o registro de um sindicato e disse que o esquema permaneceria na atual gestão.

Procurada, a assessoria do Ministério do Trabalho confirmou ter conhecimento do inquérito em Santa Catarina, disse que a consultoria jurídica do órgão prestou esclarecimentos e que não comentaria o pedido da PF de investigação pelo STF. O ministro afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que as acusações são "fogo amigo" e que não teme a abertura de investigação.

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