Reinaldo

A pindaíba do governo fica crítica

A Polícia Rodoviária Federal anunciou que vai diminuir o patrulhamento e fechar postos nas estradas. O orçamento da Polícia Rodoviária caiu pela metade.

No final de junho, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes e reclamou de que não tem dinheiro bastante para transporte. Uma empresa estatal começou a pedir doações de computadores. É a Empresa de Planejamento Energético, que faz os planos de expansão da produção de energia no Brasil, em especial energia elétrica. Mais de metade do orçamento da empresa foi cortado. São apenas alguns exemplos recentes de que a pindaíba do governo federal começa a ficar crítica. Há coisa mais grave. 

Hospitais federais têm atendido mais gente, porque muitas pessoas perderam o plano de saúde, porque estão desempregadas. Mas não tem verba para atender essa procura extra.

A receita do governo cai, as despesas não caem o suficiente. Algumas, crescem demais. A despesa da Previdência cresceu mais de 7% este ano. Muito mais grave, o gasto com salários e aposentadorias do funcionalismo federal cresceu quase 12%. Desconsideradas essas despesas, o resto do gasto do governo federal caiu 15%. O gasto em obras caiu mais de 50%.
Chegamos ao limite de cortes. Para cortar mais, o governo vai suspender ou piorar serviços. 

Para remendar a situação, o governo está planejando algum aumento de imposto, como o da gasolina. Ou voltar a cobrar logo contribuições de certos setores para o INSS, que passaram a pagar menos no governo Dilma Rousseff.

Mas os remendos não vão bastar. É preciso conter o aumento do gasto obrigatório, em Previdência e com o funcionalismo. É preciso que o país volte a crescer logo, sem o que não haverá mais receita de imposto. Vai ser preciso cobrar muito imposto novo, de preferência dos mais ricos, pois chegamos a um buraco muito fundo.

A gente corre o risco de enfrentar problemas como os do governo do Rio. Enquanto isso, a maioria do governo e do Congresso se dedica a discutir como vai fugir da polícia.

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